por: Iran Alves
O mapa dos sete anos de TribulaÇÃo
 
ObservaÇÕeS
-  O Arrebatamentonão inicia a                        Tribulação. A Bíblia não dá detalhes sobre                          quanto tempo existe entre o Arrebatamento e a Tribulação 
-  O evento que inicia a Tribulação é o acordo de paz                        entre o anticristo e Israel em Daniel 9:27
O  																				perÍodo de TribulaÇÃo
Tribulação é  o nome dado ao período de sete  anos iniciado pelo acordo do anticristo com  Israel, propondo uma falsa  paz, conforme Daniel 9:27 (Versão na Linguagem de  Hoje):
"Este 												  rei fará um acordo com o povo, de sete anos; mas depois de 												  decorrer metade desse tempo, denunciará o tratado e 												  proibirá os judeus de fazerem qualquer sacrifício ou 												  oferta; posteriormente, como cúmulo das suas terríveis 												  acções, o inimigo profanará completamente o 												  santuário de Deus. Mas quando chegar o tempo determinado nos 												  planos de Deus, o julgamento do Senhor será derramado sobre esse ão de Daniel de um homem."
É importante ressaltar que  algumas traduções da Bíblia dizem uma semana em vez de sete anos. Mais adiante, explicaremos a razão de uma semana equivaler a sete anos neste versículo acima.
A própria Bíblia dá o nome  a esse período de Tribulação e também outros nomes são dados para esse  mesmo período:
No  											  Velho Testamento (alguns nomes):
-  A  													  ira - Isaías 26:20
 "Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira [do Senhor]."
-  A  												      ira - Daniel 11:36
 "E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado [por Deus] será feito."
-  O  											          dia da vingança - Isaías 61:2
 "A apregoar o ano aceitável do Senhor [o ano de Seu favor] e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;"
- A indignação, a tribulação, o dia da trombeta - Sofonias 1:15-16:
 "Aquele dia será um dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas."
No  												  Novo Testamento (alguns nomes):
-  A  																							  tribulação - Mateus 24:29
 "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas."
-  O dia  																						      do Senhor - 1 Tessalonicenses 5:2
 "Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do [retorno do] Senhor virá [tão inesperadamente e de repente] como o ladrão de noite;"
-  A  																					          ira de Deus - Apocalipse 15:1 e 15:7, 14:10 e 14:19, 16:1
 "E vi outro grande e admirável sinal no céu [aviso de eventos de significância agourenta]: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas (aflições, calamidades); porque nelas é consumada a ira (indignação) de Deus [alcançando seu clímax e chegando ao fim]." (15:1)
 "E [então] um dos quatro animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre (pela eternidade das eternidades)." (15:7)
 "Também este beberá [obrigatoriamente] do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro." (14:10)
 "E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus." (14:19)
 "E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramaisobre a terra as sete taças da ira de Deus." (16:1)
- O  																				                grande dia da ira do Cordeiro - Apocalipse 6:16-17:
 "E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre (diante de) nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?"
Conforme  																										Jesus disse em Mateus 24:21, esse período será o maior  																										sofrimento da humanidade de todos os tempos:
"Porque haverá então grande aflição (opressão), como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver [outra vez]."
Na  visão que João teve em  Apocalipse, esse mesmo período de sete anos foi  dividido em dois períodos de  três anos e meio. Durante os sete anos de  Tribulação, Deus enviará três  julgamentos à terra:
Estes três julgamentos  acontecerão  fisicamente aqui na terra. É importante lembrar que a visão de João  em  Apocalipse não é simbólica, mas real. O que temos que analisar   constantemente ao ler o livro de Apocalipse é que os cenários onde os  eventos  ocorrem se alternam entre o céu e a terra. Ou seja, no mundo  espiritual, os  eventos ocorrem primeiramente e depois se convertem em  eventos físicos no nosso  mundo natural.
 
A duraÇÃo da TribulaÇÃo
A maioria das traduções do  Velho  Testamento (não só em português, mas também para outros idiomas)   especifica, em Daniel 9:27 o período chamado de semana, o que dá o nome  ao já conhecido período de 70 semanas de Daniel.
Porém, a palavra semana descrita em Daniel 9:27 não significa sete dias, mas sim sete anos,  de acordo com o original livro de Daniel em hebraico. A palavra  original em hebraico SHABUA corresponde a um período de sete anos e não de sete dias. E essa palavra foi  por, muito tempo, traduzida como semana em vez de período de sete  anos, ou setênio.
As traduções Bíblia para o  português Linguagem de Hoje e Bíblia Viva já mencionam Daniel  9:24-27 como sendo períodos de sete anos, preservando o original em hebraico.
Daniel                    9:24-27 nos diz o porquê da tribulação durar sete anos:
-  Setenta semanas [de anos, ou 490 anos] estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade [Jerusalém], para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna [moral permanente e retidão espiritual em todas as aréas e relacionamentos], e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. 
- Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias [em sua vinda], o Príncipe, haverá sete semanas [de anos], e sessenta e duas semanas [de anos]; as ruas e o muro [da cidade] se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 
- E depois das sessenta e duas semanas [de anos] será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do [outro] príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. 
- E ele firmará aliança com muitos por uma semana [sete anos]; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. 
Observemos, primeiramente,  Daniel 9:24, nos trechos  em negrito. Esse versículo é o resumo da consumação  das profecias sobre  o destino da humanidade nas mãos de Deus. O período de  setenta  "semanas" corresponde a 70 × 7 anos = 490 anos, lembrando que  cada  "semana" equivale a 7 anos. Esse período foi designado para:
- fazer cessar a transgressão  e dar fim aos pecados - Deus dá um prazo ao seu  povo para voltarem-se a Ele;
- expiar a iniqüidade -  corresponde à primeira vinda e morte de Jesus, porque Jesus veio  para pagar o  preço pelas nossas iniquidades (Isaías 53:5). Quem o  aceita, também faz expiar  a iniquidade em si próprio;
- trazer a justiça eterna -  estabelecer o reino de Cristo;
- selar a visão e a profecia -  completar toda a profecia;
- ungir o santíssimo -  corresponde à segunda vinda de Cristo, forçando bilhões de pessoas a escolherem  entre Cristo e o anticristo.
Vimos, então, que Deus  estabeleceu 490 anos para que essa profecia se cumprisse. Baseado nesta  profecia, Daniel 9:25 explica porque a tribulação durará sete anos:
"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias [em sua vinda], o Príncipe, haverá sete semanas [de anos], e sessenta e duas semanas [de anos]; as ruas e o muro [da cidade] se reedificarão, mas em tempos angustiosos." - Daniel 9:25
Nesse versículo, Deus diz,  em sua profecia, que  entre a edificação de Jerusalém (iniciada por Esdras,  autorizado pelo  rei Artaxerxes) e o ungido (Jesus, vindo pela primeira vez)  haverá 7  semanas (7 × 7 anos = 49 anos) mais 62 semanas (62 × 7 anos = 434   anos), totalizando 49 + 434 = 483 anos.
Um detalhe interessante: Essas 62 semanas (434 anos)  mencionadas em Daniel 9:25, cumpriram-se exatamente no período entre  Velho e Novo Testamento, denominado "período de silêncio de Deus" por  alguns teólogos. Ou seja,  Deus silenciou-se por 434 anos até que Jesus  Cristo aparece na terra pela primeira vez como homem.
Uma observação: não são 483  anos corridos, pois  sabemos que entre o livro de Esdras e a primeira vinda de  Jesus se  passaram muito mais que apenas 483 anos. Esse é um período estipulado   pela profecia, que vai se consumando em diferentes épocas até  completarem os  490 anos totais.
Quando se consumam estes  483 anos? A resposta segue em Daniel 9:26,  quando ele diz que será cortado o  messias. Esse versículo corresponde à  crucificação de Jesus (sua morte,  ressurreição e ascensão aos céus).  Neste momento, o messias, Jesus, foi  removido (cortado). Portanto, até a  primeira vinda de Cristo se passaram 483  anos, dos 490 anos da  profecia. Sobram então, sete anos que ainda não se  cumpriram.
Os sete anos restantes  estão em Daniel 9:27, que mostra o anticristo assinando o acordo de paz (falsa  paz) com Israel, fato que ainda está para acontecer.